Erro que custa caro aos fornecedores brasileiros: por que produzir no Paraguai é o novo imperativo estratégico
- hace 19 horas
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“Erro que custa caro” revela o equívoco de muitas empresas brasileiras que exportam produtos ao Paraguai sem aproveitar os benefícios do regime Maquila. Com dados do BID, Fitch Ratings e IFC, a nota mostra como produzir em solo paraguaio significa reduzir custos, ampliar competitividade e impulsionar desenvolvimento sustentável. Um convite à inteligência estratégica: fabricar com propósito e visão de futuro. Muitos fornecedores ainda insistem em fazer o caminho inverso: exportam produtos do Brasil para o Paraguai e perdem competitividade sem perceber.
O verdadeiro potencial está em industrializar parte do processo produtivo em território paraguaio, aproveitar o regime Maquila, os benefícios tributários, a energia mais acessível e o melhor custo operacional x capacidade de produção da região.
Não é apenas sobre vender — é sobre pensar estrategicamente.
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Na estrutura regional contemporânea — onde a velocidade de adaptação e a eficiência produtiva são mais que vantagens: são requisitos de sobrevivência — muitos players brasileiros persistem num caminho que aponta inversamente à competitividade. Exportam produtos para o Paraguai quando, na realidade, o acelerador da vantagem se encontra em ali instalar-se, processar, maquilar e exportar.
Cenário macroeconômico favorável

O Paraguai atravessa uma fase de vigor comparável a poucos na América Latina. Segundo o Fitch Ratings, a perspectiva de crescimento para 2025 está estimada em 4,8 % do PIB, impulsionada pelos setores de serviços, manufatura e construção. The Asunción Times
A agência de risco, ademais, destacou a cobertura de reservas internacionais equivalente a 5,8 meses de importações, e inflação alinhada ao alvo do banco central — sinais de estabilidade que fazem do Paraguai um terreno cada vez mais fértil para investimento estruturado. The Asunción Times
Segundo o diagnóstico da International Finance Corporation (IFC) para o país, ao longo de duas décadas o crescimento médio real do PIB atingiu cerca de 3,7 % ao ano. IFC

Regime maquila: oportunidade de ouro
Sob o regime da maquila — uma política de incentivos à produção para exportação — o Paraguai oferece benefícios que ressoam como redentores para uma operação de fabricação ou montagem estratégica. Por exemplo:
A lei permite importação temporária de matéria-prima e maquinaria, com tributação reduzida. EY

As empresas maquiladoras pagam taxa única de cerca de 1 % sobre o valor agregado no território paraguaio ou sobre o valor da fatura emitida pela matriz/ex‐head-office. PVKnowhow
O regime permite repatriação total de capital e lucros, participação estrangeira de até 100 % e tratamento alfandegário especial. Departamento de Estado dos EU

A conjunção desse regime com os baixos custos de energia — o Paraguai é um dos países com eletricidade mais barata da América Latina graças à hidrelétrica Itaipú Dam — e à localização estratégica no bloco Mercosul (com acesso preferencial ao Brasil e Argentina) cria uma base de competitividade que muitos ainda negligenciam. PVKnowhow

Impacto produtivo e exportador
Em janeiro de 2025, a indústria de maquila no Paraguai criou mais de 30 000 empregos — aumento de 22 % em relação ao ano anterior — e registrou exportações de US$ 100 milhões num único mês (janeiro) para esse regime. The Asunción Times
Há também registro de mais de US$ 1 bilhão de investimento acumulado no setor maquila até meados de 2023, com preponderância de componentes automotivos, têxteis, plásticos e serviços digitais. Latam FDI

O erro inverso e a oportunidade de investimento
E é aqui que muitos produtores brasileiros cometem o erro que custa caro: enviar produtos prontos para o Paraguai ou exportar sem aproveitar a estrutura produtiva local. Quando o paradigma correto seria: deslocar parte (ou a totalidade) da produção para o Paraguai, configurar processo de maquila, incorporar valor agregado ali, exportar via Mercosul ou internacionalmente, e assim converter custo em vantagem competitiva, tributos menores, câmbio favorável, localização logística privilegiada.
Responsabilidade social, ambiental e de longo prazo
Além da questão puramente financeira, esse caminho reveste‐se de propósito social e ambiental. Ao estabelecer instalações produtivas no Paraguai sob o regime maquila, gera-se emprego, promove-se o desenvolvimento regional (notadamente nos departamentos de Alto Paraná e na Tríplice Fronteira), cria-se cadeia de valor local e reduz-se transporte de longa distância em alguns casos — com todos os ganhos de eficiência, menores emissões e impacto logístico. Para uma empresa que almeja não apenas lucro, mas legado — como a OTIFF —, essa abordagem respira tradição (respeito à história da industrialização, à conectividade regional) e visão — construir para o futuro, com impacto social concreto.
Em suma: o erro que muitos cometem é insistir no modelo de exportação tradicional — enviar produtos sem questionar se o centro produtivo está no local ideal. O custo dessa negligência pode ser milhões deixados sobre a mesa. Por outro lado, para aquele que entende que a ação fala por si, — a Tríplice Fronteira Paraguai-Brasil-Argentina é palco de uma oportunidade real de competitividade transformadora. Portanto, cabe às empresas brasileiras — especialmente as visionárias — perguntar: estamos onde deveria estar? Se a resposta for “não”, é hora de reverter a rota e investir — com estratégia, propósito e responsabilidade — no Paraguai.
O verdadeiro potencial está em industrializar parte do processo produtivo em território paraguaio, aproveitar o regime Maquila, os benefícios tributários, a energia mais acessível e o melhor custo operacional x capacidade de produção da região.
Não é apenas sobre vender — é sobre pensar estrategicamente.
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